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A atuação da Fisioterapia no combate à COVID-19
Texto da Fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia, Camila Sousa, da Faculdade Batista Brasileira
Sim, chegamos ao ano de 2021 e estamos vivendo um momento de pandemia que marcará nossa história e nossas vidas. Estamos com recordes diários de mortes, recordes diários de pessoas infectadas e um vírus que se espalha numa velocidade avassaladora causando um colapso nos sistemas de saúde. Mas o que seria uma pandemia?
Segundo o dicionário, é uma enfermidade epidêmica amplamente disseminada. Segundo a ONU (Organização Mundial das Nações Unidas), COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, na China. Sim, já existem vacinas e diversos estudos científicos comprovando a sua eficácia e efeitos colaterais possíveis. Entretanto, a vacinação corre a passos vagarosos demais diante da nossa realidade.
Hospitais com capacidade máxima de ocupação, profissionais exaustos e desenvolvendo transtornos psicológicos, mortes incalculáveis, medicamentos e oxigênio faltando em algumas regiões. Sim, estamos vivendo um dos momentos mais tristes e preocupantes de nossa história e as medidas de distanciamento social, uso do álcool gel, uso de máscaras, higienização, isolamento de pacientes infectados e até o lockdown têm sido solicitados inúmeras vezes para que juntos consigamos manter os índices de novos infectados controlados.
Neste difícil cenário, encontramos profissionais de saúde (médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem) exaustos e lidando com uma realidade nunca imaginada. Dentro deste contexto, qual o papel do fisioterapeuta? O fisioterapeuta atua na parte respiratória, para fornecer melhor conforto aos pacientes; na parte motora, realizando manobras para evitar os efeitos do imobilismo; e principalmente nas UTIs, no apoio para a utilização dos ventiladores mecânicos.
Nas hospitalizações por COVID-19, o auxílio da fisioterapia é capaz de acelerar o processo de recuperação do paciente, diminuindo a necessidade de medicamentos e o risco de sequelas após a internação. Os ventiladores mecânicos são indicados quando o paciente tem uma piora no quadro e comprometimento grande dos pulmões, afetando diretamente sua capacidade ventilatória. Os fisioterapeutas monitoram de maneira intensificada estes pacientes, pois há uma linha bastante tênue entre a melhora e piora do quadro. Realizam manobras respiratórias, monitoram os sinais vitais, planejam os tratamentos, bem como o manuseio dos ventiladores mecânicos com o objetivo de dar um maior conforto respiratório.
Dentro deste contexto, definem junto com a equipe os critérios a serem usados nos ventiladores e trabalham com a parte motora para evitar fraqueza excessiva e maiores problemas ao paciente. Como exemplo de atividade motora, realizam a troca postural denominada pronação, manobra que consiste em deixar o indivíduo de barriga para baixo, de modo a evitar o acúmulo de secreção na base do pulmão, reativar as vias aéreas e reduzir a sobrecarga cardíaca.
Nas unidades de terapia intensiva, as intervenções do fisioterapeuta incluem o manejo respiratório além da realização de atividades de mobilização precoce, para evitar complicações decorrentes da imobilidade. Para os pacientes de COVID-19 que não necessitam de terapia intensiva, a atuação do fisioterapeuta envolve basicamente a educação sobre a doença e o processo de tratamento, além de ações de fisioterapia preventiva para evitar o agravamento dos sintomas. Além de fortalecer a musculatura esquelética e reduzir a perda de massa muscular durante esse período, a fisioterapia desempenha um papel crucial para atenuar os sintomas cardiorrespiratórios decorrentes da doença.
Ainda não há estudos conclusivos sobre a extensão das sequelas da COVID-19, mas a prática já mostrou que uma parcela significativa dos recuperados continuam necessitando de fisioterapia (principalmente respiratória) por um longo tempo após a desospitalização. Os especialistas recomendam que a fisioterapia respiratória inicie tão logo o paciente esteja curado dos sintomas mais graves, já que os primeiros sete dias após a alta são decisivos para o desfecho da recuperação funcional. Vários estudos estão sendo desenvolvidos para comprovar a eficácia dos procedimentos realizados pelo fisioterapeuta. Mas é uma realidade que eles têm um papel essencial ao prestar atendimento aos pacientes hospitalizados ou já em domicílio.
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